Ultra-som

Introdução:

O ultra-som pode ser aplicado de forma contínua ou intermitente (pulsátil), dependendo do tipo de enfermidade em tratamento. A forma contínua produz 50% de efeito térmico e 50% de efeito mecânico, e o ultra-som pulsado produz ação mecânica sem produzir calor (atérmico). No ultra-som contínuo, temos: feixe ultra-sônico/feixe ultra-sônico/feixe ultra-sônico, sem ocorrer pausa entre os feixes. No ultra-som pulsado, temos: feixe ultra-sônico/pausa/feixe ultrasônico. Ocorre pausa entre os feixes de ondas ultra-sônicas, permitindo que os tecidos tenham tempo de dissipar o calor recebido, não havendo no local energia térmica acumulada ou residual, logo, produzindo praticamente efeito mecânico (atérmico) no local.
Considerando que podemos tratar uma gama imensa de enfermidades com o ultra-som, há necessidade de adequar o método e a forma de tratamento. Para tanto, lançamos mãos dos diversos acessórios, o que facilitará a terapia, resultando melhor efeito e segurança para o paciente. Importante é a sensação leve de calor referida pelo paciente ou até mesmo sensação dolorosa, o que nos servirá de parâmetro, para uma boa dosagem.
A fase da enfermidade, a profundidade da lesão e o conhecimento do meio-valor é de vital importância, pois através desses parâmetros é que a dosimetria será feita diferenciada e individualizada. A freqüência do ultra-som é um fator determinante na absorção de calor pelo tecido, como ocorre com o ultra-som de 3 MHz, em que a energia ultra-sônica é praticamente absorvida no nível superficial, enquanto a absorção do ultra-som de 1 MHz ocorre mais profundamente.

Definição:
São ondas sonoras longitudinais, não audíveis ao ouvido humano. Essas ondas ultra-sônicas são produzidas a partir da transformação da corrente elétrica comercial em corrente de alta freqüência, que ao incidir sobre um cristal de quartzo ou de zirconato - titanato de chumbo (ZTP), provoca compressão e expansão alternada do cristal.
Esta ação mecânica (pressão), sobre o cristal, provoca a emissão de ondas ultra-sônicas com freqüência igual à corrente recebida ou corrente que incide sobre o cristal dentro do transdutor (efeito piezoelétrico). O cristal sintético (ZTP) é mais resistente a altas temperaturas e mais maleável, aumentando com isto a durabilidade e a emissão do feixe. Transdutor é um dispositivo capaz de transformar uma forma de energia em outra, no caso, elétrica em mecânica.
As ondas ultra-sônicas produzem uma ação mecânica vibratória nas células, podendo ter uma freqüência de 870 KHz a 1 MHz (ação mais profunda) e 3 MHz (ação mais superficial). Elas podem ser contínuas ou pulsadas. As contínuas possuem 50% de ação mecânica e 50% de ação térmica. As pulsadas produzem mais ação mecânica. No ultra-som contínuo, prevalece mais o efeito térmico e no pulsado, o efeito atérmico.

Tipos de Ondas e Propriedades do Ultra-Som:
As ondas longitudinais estão na direção da propagação das ondas ultra-sônicas e são transportadas em meios líquidos não viscosos.
Ondas transversais são ondas que se propagam em meios sólidos (em torno do periósteo) e a movimentação de partículas ocorre perpendicularmente à direção da propagação do feixe de ondas ultrasonoras.
Ondas estacionárias decorrem da sobreposição das ondas ultra-sônicas refletidas do músculo/osso ou tecidos moles/ar, sobre as ondas incidentes (meios com impedâncias diferentes). Pode ocorrer superaquecimento e destruição de células epiteliais e sanguíneas e para poder minimizá-las, movimenta-se continuamente o transdutor.
São refratadas nas áreas limítrofes de diferentes impedâncias acústicas, desviando sua direção, chamado de ângulo de refração.
As ondas ultra-sônicas sofrem reflexão quando na impedância acústica dos meios em que elas estiverem passando forem diferentes. São refletidas ao incidirem sobre estruturas, como osso, pele sem acoplamento, ou ainda, estruturas lisas e compactas, como os metais e principalmente o ar. As ondas sofrem reflexão de 99,73% ao incidirem diretamente no ar/pele e para evitar esta reflexão, usa-se uma substância acopladora transdutor/pele (gel). Nas estruturas ósseas, aproximadamente 30% das ondas US são refletidas. A reflexão nos tecidos moles/ar é de 99,73% (aquecimento local).
As ondas ultra-sônicas são absorvidas pelos tecidos e transformadas em calor, ocorrendo principalmente em nível molecular, sendo as proteínas os tecidos que mais absorvem. No tecido ósseo, aproximadamente 70% das ondas incidentes são absorvidas. A absorção depende da impedância do meio, da freqüência do ultra-som e da quantidade de proteína dos tecidos. A vibração, atrito e fricção molecular (energia cinética) são absorvidos pelos tecidos e transformados em calor.
A transmissão das ondas ultra-sônicas ocorre em maior quantidade quando as impedâncias acústicas dos dois meios estiverem mais próximas (casamento de impedância) e quanto mais diferentes forem as impedâncias, maior será a reflexão. As ondas ultra-sônicas, ao passarem de um meio para outro (meio diferente do que ele estiver passando), poderão ocasionar reflexão, refração, absorção, ocorrendo cada um desses atenuadores em diferentes graus, dependendo das impedâncias e índices de absorção de cada meio.

Efeitos do Ultra-Som:

- Térmico
Este efeito é decorrente da absorção das ondas ultra-sônicas pelo tecido e sua transformação em calor. Este fator decorre também da vibração celular e de suas partículas, provocando atrito entre si, produzindo o efeito térmico. O ultra-som de feixe contínuo produz maior quantidade de calor. Feixe ultra-sônico (vibração molecular ==> fricção ==> Atrito de partículas -->, calor).
A produção de calor é maior nas áreas limítrofes músculo/osso, devido à reflexão das ondas ultra-sônicas, das ondas estacionárias (refletem e sobrepõem-se) e da formação das ondas transversais (movimentos de partículas perpendiculares ao feixe: osso).

- Atérmico
Produz ações fisiológicas não decorrentes da ação térmica

- Hiperemia – Vasodilatação
Resulta da ação do US sobre os plexos terminais nervosos, que, ao serem estimulados, produzem vasodilatação reflexa dos capilares e arteríolas. Concomitante a isso acontece o aumento do metabolismo e do fluxo sangüíneo, produzindo também hiperemia. Produz estimulação nervosa aferente, provocando depressão pós-excitatória da atividade do sistema nervoso ortossimpático, produzindo relaxamento muscular e vasodilatação.
O ultra-som produz aumento da permeabilidade da membrana celular ao cálcio, que devido ao aumento intracelular rompe o mastócito (degranulação mastocitária) liberando histamina - vasodilatação. Os movimentos peristálticos, dos vasos, aumentam em dez vezes ao serem estimulados pelo ultra-som.

- Ação antiinflamatória
Auxiliada pela aceleração da reabsorção de edema e pela defesa.

- Melhora do retorno venoso e linfático
O aumento da permeabilidade celular, aumento da circulação e a micromassagem produzida pelo ultra-som, influenciam e auxiliam o retorno venoso e linfático, favorecendo a reabsorção de edemas e de irritantes tissulares (menor efeito nociceptivo). Reduz o tempo da fase inflamatória, acelerando a fase proliferativa.

- Mecânico
As ondas ultra-sônicas, ao penetrarem nos tecidos, provocam uma vibração celular (micromassagem), produzindo o aumento da permeabilidade de sua membrana, acelerando assim, a velocidade de difusão iônica através dela.
As correntes acústicas provocam o aumento da permeabilidade da membrana celular, ativando o segundo mensageiro, aumentando a síntese de proteína e o aumento da secreção dos mastócitos. Altera os movimentos dos fibroblastos e aumenta absorção de cálcio. Os fatores de crescimento dos macrófagos são aumentados, contribuindo com a aceleração do processo de reparo. Acelera os processos osmóticos, regulando os desequilíbrios em nível celular, nos casos de lesões ou enfermidades.

- Químico
O ultra-som atua como catalisador, acelerando as reações químicas, e aumentando a condutibilidade das reações. Produz pH alcalino pelo aumento da circulação e das trocas.

- Ação tixotrópica ou coloidoquímica
Transforma colóide gelem sol o que aumenta a elasticidade dos tecidos que carecem de água, favorecendo a hidratação tecidual.

- Fibrinolítico
Fator decorrente da ação tixotrópica ou coloidoquímica que transforma colóide gel em sol, hidratando os tecidos, favorecendo a extensibilidade dos tecidos conjuntivos (colágeno), pelo aumento da viscoelasticidade. Decorre também da ação térmica e pela micro massagem (vibração).

- Regenerador
Ativa a formação de novos capilares (angiogênese) e o aumento da síntese de colágeno pelos fibroblastos expostos ao ultrasom. Na fase proliferativa e de remodelação, o ultra-som auxilia na reorganização (arranjo e alinhamento) do colágeno,o que se deve ao efeito piezoelétrico.
Os movimentos do transdutor, no sentido das fibras, aceleram esta orientação. Aumenta o metabolismo celular e o transporte de íons cálcio.

- Analgésico
Decorre da diminuição da excitabilidade das fibras nervosas aferentes sensitivas, através do aumento do seu limiar de despolarização, provocando diminuição dos estímulos dolorosos e agindo sobre a membrana plasmática do neurônio, diminuindo a atividade da bomba de sódio e potássio.
A analgesia também é produzida pelo aumento da defesa, pelo relaxamento muscular (menor atividade ortossimpática), pela melhora da circulação, pela regeneração tecidual.
As ações térmicas e da micromassagem produzem ações analgésicas. Um fator importante na ação analgésica do ultra-som é a reabsorção de edema, acelerando desta forma a drenagem de subprodutos (irritantes) algesiógenos como as prostaglandinas. A normalização do pH local tem influência direta na analgesia.

- Relaxante
A diminuição do tonos muscular decorre da micromassagem, do efeito térmico (calor) e da diminuição da atividade do sistema nervoso ortossimpático, que provocam relaxamento.

- Paravertebral reflexo
Em nível paravertebral segmentar, estimula os dermátomos. No caso, o que interessa é o estímulo mecânico, que é conseguido com potência baixa ou ondas ultrasônicas pulsadas. A estimulação PVR produz reflexamente aumento da circulação segmentária.

- Efeito antiacidótico
Decorre da estimulação da circulação dos fluidos tissulares, fazendo com que o pH local torne-se menos ácido. Diminui as isquemias (angiogênese), o que aumenta a circulação local e a reabsorção do ácido lático.

- Angiogênese
Favorece o desenvolvimento de novos capilares, através da ativação de células endoteliais.

- Correntes acústicas
As microcorrentes acústicas ou correntezas acústicas, formadas pela circulação de fluidos (próximas às células), influenciam na mudança da permeabilidade celular pela alteração osmótica, aumentando as trocas metabólicas pela ativação do cálcio, podendo também ativar a formação de colágeno e secreção de agentes cicatrizantes.
O cálcio extracelular é considerado como um catalisador químico nas alterações da permeabilidade da membrana celular, servindo como segundo mensageiro, que informa o processo metabólico sobre as mudanças no local, de maneira que as respostas regeneradoras ocorram.

Tempo de Aplicação:
Como regra geral, o tempo de tratamento com ultra-som é de 5 minutos por área, sendo que, em áreas corporais grandes, a região será dividida pela área de radiação efetiva do transdutor, que é informada na ficha técnica do transdutor do próprio equipamento.

Métodos:
O ultra-som pode ser aplicado de vários métodos:
- Método de deslizamento: É usado em áreas planas, sem acidentes ósseos e que suportem a pressão do transdutor. A pele deverá estar íntegra, pois o transdutor fica em contato direto da pele e com leve pressão sobre ela.

- Método subaquático: É usado nos em que o paciente refira-se à dor à pressão do transdutor, em áreas irregulares, lesões de pele ou em local de difícil acesso como extremidades.

- Método do balão: É usado em áreas irregulares, com acidentes ósseos, ou que não suportem a pressão direita do transdutor.

- Método do refletor: Tratamento de epicondilite que possua áreas adjacentes altamente sensíveis.

- Método paravertebral reflexo: Usado para estimular reflexamente áreas que não possam ser estimuladas diretamente.

Campos Acústicos:
São dois os campos acústicos:
- Campo próximo ou zona de Fresnel: Caracteriza-se por ser a de maior interferência. É a região próxima ao transdutor onde acontecem picos e depressões do feixe.

- Campo distante ou zona de Fraunhofer: Caracteriza-se pela menor interferência. É a região alem do campo próximo, onde o feixe é mais uniforme e colimado.

Terapia Combinada
É a aplicação simultânea do ultra-som com 0,5 W/cm2 (cátodo) pólo negativo, combinado com uma corrente de baixa freqüência ou de média freqüência.
Com a terapia combinada busca-se produzir um efeito diferente dos conseguidos com a técnica individual do ultra-som, interreferencial e diadinâmicas. Através da terapia combinada, consegue-se também localizar pontos de aplicação com intensidade baixa, o que não seria possível individualmente com a estimulação elétrica em separado.
A terapia adequada para diagnóstico, quando a fase não for aguda e existir dificuldade de encontrar o ponto de aplicação. O ultra-som complementa o efeito da eletroterapia, reduzindo a adaptação do tecido ante o estímulo elétrico, não sendo necessário elevar a intensidade, evitando assim, sensações desagradáveis devido a intensidades altas.

Indicações:

* Acidose tissular (reumatismo muscular);
* Artralgias;
* Artrose;
* Anquilose;
* Bursite (fase crônica);
* Braquialgia;
* Ciatalgia;
* Contusão;
* Cervicalgia;
* Contratura de Dupuytren;
* Contraturas;
* Dorsalgia;
* Distensão;
* Deficiência circulatória leve;
* Edema;
* Entorse;
* Epicondilite (fase crônica);
* Esporão de calcâneo;
* Fibrose;
* Fibromialgia;
* Lombalgia;
* Lipodistrofia gelóide;
* Mialgia;
* Neuralgia;
* Neuroma de coto doloroso;
* Raynaud;
* Sudeck (fases I e III);
* Tendinites;
* Úlceras varicosas.

Contra-Indicações
* Baço;
* Cérebro;
* Dermatomiosite;
* Diabete;
* Endoprótese;
* Epifíse óssea em cresicmento;
* Fígado;
* Flebite;
* Gânglio cervical superior;
* Gânglio estrelado;
* Infecção renal/urinária;
* Lupus eritematoso sistêmico;
* Miosite ossificante;
* Órgãos reprodutores;
* Osteoporose;
* Paralisias;
* Processo inflamatório agudo;
* Região pré-ordial;
* Sobre a coluna;
* Tuberculose;
* Tumores;
* Varizes.

Conclusão:
O ultra-som é onda sonora e portanto, mecânica do campo gravitacional. Elétrico é, apenas, o equipamento gerador das ondas. A freqüência empregada em terapia vai de 0,8 a 1.0 MHz. Como a velocidade do som em tecidos biológicos é cerca de 1,5 x 103m 6-1, o comprimento de onda é cerca de 1,5 x 10-3 metros (0,15 cm). O mecanismo íntimo de ação do ultra-som é a vibração de estruturas através do impacto mecânico das ondas de som. Os choques geram calor, e a elevação da temperatura tissular é o agente terapêutico.
A intensidade do ultra-som é determinada pela potência do gerador e pela área da cabeça emissora, dividindo a potência pela área. A queda do nível de energia depende e muito, do meio condutor, no ar, cai rapidamente. Por esse motivo, para transmitir suficiente potência para os tecidos biológicos, e necessário colocar as partes em água, ou usar um lubrificante pastoso como vaselina ou óleo mineral.
Finalmente, o ultra-som é um instrumento muito auxiliar para um profissional da área de saúde e pode ser um fator essencial a um tratamento fisioterápico, porém, tendo que ser conhecido para ser utilizado. Pois procedido desta forma e também, conhecendo os seus efeitos e as suas conseqüências de melhora podem vir a ser um importante e esclarecedor passo em uma reabilitação ou tratamento.

Referências Bibliográficas:
MACHADO, Dr. Clauton M. Eletrotermoterapia Prática. Editora Pancast. São Paulo, 2002.
ROBINSON, A. J. & SNYDER, L. Eletrofisiologia Clínica. Editora Artmed. Porto Alegre, 2001.
THOMSON, Ann; SKINNER, Alison; PIERCY, Joan. Fisioterapia de Tidy. Editora Santos. São Paulo, 1994.

Obs.:
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Publicado em 03/12/03
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Alongamento

Quando Fazer:

Antes e depois de atividades físicas
De manhã, antes de levantar, para acordar
Antes de dormir, para relaxar
No trabalho, para aliviar as tensões
Depois de ficar sentado ou em pé muito tempo
Quando se sentir tenso
Enquanto assiste TV, ouve música, lê ou está sentado conversando
Toda vez que sentir vontade

Por Que Fazer:

Os alongamentos, na medida em que relaxam a mente e ‘‘regulam” o corpo, deveriam constituir-se em parte da vida diária. Você irá perceber que realizar alongamentos de modo regular acarretará:
Redução de tensões musculares e sensação de um corpo mais relaxado
Benefícios para a coordenação pois os movimentos tornam-se mais soltos e fáceis
Aumento do grau de rnovimentação
Prevenção de lesões tal como distensão muscular (um músculo forte e alongado resiste melhor a tensões do que um músculo forte não alongado)
Facilidade nas atividades físicas, na medida que se prepara o corpo para a mesma (fazer alongamento nessa situação é como sinalizar para os músculos que eles estão prestes a serem utilizados)
Desenvolvimento da consciência corporal
Ajuda na liberação dos movimentos bloqueados por tensões emocionais
Ativação da circulação

Como Fazer:

É fácil aprender a fazer alongamento, mas existe o modo certo, bem como o errado, de executá-lo. O modo certo é alongar relaxando num movimento estável, ao mesmo tempo em que a atenção se localiza sobre os músculos que estão sendo alongados. O modo errado (infelizmente praticado por muitas pessoas) é balançar-se para cima e para baixo, ou alongar-se até sentir dor. Estes 2 últimos métodos na verdade podem causar mais danos que benefícios.
Se você fizer o alongamento de forma correta e regular, perceberá que todos os movimentos que realiza se tornam mais fáceis, apesar de que levará algum tempo para soltar músculos tensos ou grupos musculares enrijecidos.

Alongamento Suave:

Quando você começar um alongamento, gaste de 15 segundos (tempo aproximado da resposta neuro muscular) com um alongamento suave. Nada de forçar com balanceios! Vá até onde sentir uma pequena tensão e relaxe, sustentando o alongamento. A sensação de tensão deverá ceder conforme você mantém a posição. Caso não ceda, volte um pouco na extensão do alongamento até descobrir um grau de tensão que seja confortável. O alongamento suave reduz a rigidez muscular e prepara os tecidos para o alongamento progressivo.

Alongamento Progressivo:

Após o alongamento suave, avance lentamente para o alongamento progressivo. Alongue mais uma fração de centímetro, até novamente sentir uma tensão pequena e sustente a postura por mais 30 segundos. Mantenha o controle. Aqui também a tensão deve diminuir; caso não diminua, ceda ligeiramente. O alongamento progressivo "regula" os músculos e aumenta a flexibilidade.

Respiração:

Sua respiração deve ser lenta, rítmica e controlada. Se você estiver se curvando para a frente num determinado alongamento, expire conforme for se curvando e, a seguir, inspire devagar enquanto estiver sustentando o alongamento. Não segure a respiração enquanto estiver alongando. Se uma determinada posição de alongamento inibir seu padrão natural de respirar, então é óbvio que você não está relaxando. Então solte-se um pouco dentro do alongamento de modo a poder respirar com naturalidade.

Contagem:

A princípio, conte silenciosamente os segundos de cada alongamento; isto irá garantir que você vai manter a tensão adequada por tempo suficiente.
Reflexo de Alongamento
Seus músculos são protegidos por um mecanismo denominado reflexo de alongamento. Toda vez que você estirar excessivamente as fibras musculares (seja por balanceios ou por excesso de alongamento) há a resposta do reflexo neuronal , que envia um sinal para os músculos contrairem, o que impede que os músculos sejam lesionados. Portanto, quando você faz um alongamento desmensurado está contraindo os mesmos músculos que está querendo alongar!
Manter um alongamento no ponto mais extremo que se consegue, ou fazer balanceios para cima e para baixo, extenua os músculos e ativa o reflexo de alongamento. Estes métodos prejudiciais causam dor além de lesões físicas, devidas ao dilaceramento microscópico das fibras musculares. Estas fibras dilaceradas vão formando cicatrizes nos tecidos musculares, havendo assim uma perda gradual da elasticidade. Os músculos tornan-se enrijecidos e doloridos.
O alongamento feito da maneira correta não causa dor. Dor é indicação de que alguma coisa está errada.

Mais Importante do que o Aumento da Flexibilidade:

Relaxamento de áreas tensas;
Aprender o modo de descobrir e de controlar a sensação correta de alongamento;
Consciência do alinhamento corporal;
Adaptação a um corpo em mudança;
Permanecer sempre naquele ponto que você pode ultrapassar e nunca naquele além do qual você não pode mais ir; e
Descoberta de uma postura razoavelmente confortável que lhe permita alongar e, ao mesmo tempo, relaxar.

Técnicas Básicas para Realizar os Alongamentos:

Não alongue em excesso, principalmente no começo. Faça um pequeno alongamento e aumente-o em extensão após sentir-se relaxado.
Permaneça no alongamento numa posição confortável; a tensão do alongamento deve ceder conforme você o sustenta.
Respire lenta, profunda e naturalmente - expirando quando se dobrar para a frente. Não se alongue até aquele ponto no qual lhe é impossível respirar normalmente.
Não faça balanceios. Balançar enrijece os próprios músculos que você está se esforçando para alongar. Alongue-se e permaneça aí.
Pense na região sendo alongada. Sinta o alongamento. Se a tensão tornar-se maior conforme você fizer o alongamento, você estará exagerando. Solte um pouco, alcançando uma posição mais confortável.
Não tente ser flexível. Apenas aprenda a alongar-se adequadamente e a flexibilidade surgirá no devido tempo. A flexibilidade é apenas uma das consequências do alongamento.

Ter Consciência
A cada dia estamos diferentes.
Você possui controle sobre o que sente através do que faz.
A regularidade e o relaxamento são os dois fatores mais importantes para o alongamento.
Não se compare com outras pessoas. Mesmo se for tenso e inflexível, não permita que isso o impeça de alongar-se e melhorar.
Faça sempre dentro do seu limite.
Alongamentos adequados significam alongamentos executados dentro de limites pessoais, em relaxamento.
Fazer alongamentos mantém o corpo preparado para os movimentos.
Manter boa flexibilidade ao longo da vida, evita, na idade mais avançada, problemas como articulações enrijecidas – perda da amplitude de movimento, músculos tensos e má postura.

Currículo

Formação:
Fisioterapia
Universidade Estácio de Sá
Rio de Janeiro, RJ
Janeiro de 1994 à Junho de 1998


Formação Internacional em Terapia Manual:  
Mobilização Neural, Maitland, Mulligan, Movimento Combinado, Técnicas Osteopáticas


Experiências Profissionais:

Atendimento Domiciliar - Rio de Janeiro, RJ
Março 1998 – Junho 1999

Ramo: Neurologia e Pediatria
Janeiro – Outubro 2000
Ramo: Neurologia e Pediatria
Novembro 2001 à Presente Data
Ramo: Traumato-Ortopedia e Desportiva (Atletas de Alta Performance: Volei de Praia e Volei de Quadra)
Principais atividades: Exame e Avaliação, Cinesioterapia, Termoterapia, Reeducação Postural, Terapia Manual (Movimento Combinado, Mobilização Neural), Técnicas de Manipulação e Mobilização (Técnicas Osteopáticas, Maitland, Mulligan), Isostreching, Pilates, Shiatsu e Treinamento Funcional


Marcelo Paes Leme - Rio de Janeiro, RJ
Janeiro - Maio de 2000; Janeiro – Dezembro de 2002
Ramo: Traumato-Ortopedia e Alteração Postural
Principais atividades: Exame e Avaliação, Cinesioterapia, Reeducação Postural, Terapia Manual, Isostreching, Eletrotermoterapia e Shiatsu

Instituto de Neurologia Deolindo Couto
Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ
Supervisão Geral: José Vicente Martins
Fevereiro - Outubro de 2000
Ramo: Neuro - Pediatria
Principais atividades: Supervisão do setor, Exame e Avaliação, Cinesioterapia, Bobath, Exercícios Terapêuticos, Psicomotricidade

Atendimento Domiciliar - São Paulo, SP
Setembro - Dezembro de 1999
Ramo: Ortopedia
Principais atividades: Exame e Avaliação, Cinesioterapia, Reeducação Postural, Terapia Manual e Técnicas de Manipulação e Mobilização

Corpo Livre – Rio de Janeiro, RJ

Supervisão : Dra. Kátia Ferreira
Março - Junho 1999
Ramo : Neurologia, Pediatria e Alteração Postural
Principais atividades : Cinesioterapia, Terapia Manual, Técnicas de Manipulação e Mobilização, Reeducação Postural e Hidroterapia

Sociedade Hípica do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, RJ

Supervisão: Dra. Beatriz Berro Marins
Abril - Julho de 1998
Ramo: Neuro - Pediatria e Pediatria
Principais atividades: Hipoterapia, Reeducação Postural

Colibri - Escola Especial para Portadores de Síndrome de Down Rio de Janeiro, RJ
Supervisão: Dra. Ângela Maria Lira Figueiredo
Abril - Julho de 1998
Ramo: Neuro - Pediatria
Principais atividades: Cinesioterapia, Psicomotricidade e Reeducação Postural

Instituto Oscar Clark - Rio de Janeiro, RJ

Supervisão: Dra. Kátia Ferreira
Setembro - Dezembro de 1997
Ramo: Neurologia
Principais atividades: Avaliação, Cinesioterapia e Terapia Manual

Hospital São Vicente de Paula - Rio de Janeiro, RJ

Supervisão: Dra. Denise
Julho de 1997
Ramo: Traumato - Ortopedia e Reumatologia
Principais atividades: Avaliação, Cinesioterapia e Eletrotermoterapia

Fisilabor - Rio de Janeiro, RJ

Supervisão: Dras. Ana Paula Braga e Suêmia Duarte
Janeiro de 1995 - Março de 1996 & Março - Setembro de 1997
Ramo: Traumato - Ortopedia, Reumatologia e Alteração Postural
Principais atividades: Cinesioterapia e Eletroterapia

Clínica Donatto D’Angelo - Rio de Janeiro, RJ

Supervisão: Dra. Mª de Fátima Palmieri
Março - Dezembro de 1996
Ramo: Traumato-Ortopedia, Reumatologia e Pneumologia
Principais atividades: Avaliação, Cinesioterapia, Eletrotermoterapia e Massoterapia

Experiências Internacionais:

United Cerebral Palsy

New York City, NY, EUA
Supervisão: Rosita Cora
Maio - Outubro 2001
Ramo: Neuro-Pediatria
Principais Atividades: Fisioterapia, Terapia Ocupacional, e Musicoterapia

Andrew Johnson Elementary School

Oklahoma City, Oklahoma, EUA
Supervisão: Dras. Jana Lamb e Frances Murrell
Janeiro - Fevereiro de 1997
Ramo: Neuro-Pediatria
Principais atividades: Fisioterapia, Terapia Ocupacional, e Musicoterapia

Projetos:

Hospital – Dia para Estimulação Essencial
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Instituto de Neurologia Deolindo Couto
Maio de 2000
Responsável pela elaboração do Setor de Fisioterapia

Cursos:


Curso Internacional Método Mulligan (Dr. Kim Robinson - Austrália)
Maio 2008

Curso Internacional Método Maitland (Dr. Erik Van Doorne - Holanda)
Fevereiro 2008
Abril 2008

Pilates: Core Conditioning Los Angeles (Dra. Katia Ferreira)
Dezembro 2005

Curso Internacional de Técnicas Osteopáticas (Dr. Kim Robinson - Austrália)

Agosto 2005
Curso Internacional de Mobilização Neural (Dr. Kim Robinson - Austrália)
Outubro de 2006 (Monitoria)

Março de 2004

Curso Internacional de Movimento Combinado (Dr. Kim Robinson - Austrália)
Março de 2004

XIX Curso de Hemiplegia (Dra. Kátia Ferreira)
Maio de 1999

III Curso de Atendimento ao Paciente Neurológico
(Dra. Kátia Ferreira)
Abril de 1999

III Curso de Doença de Parkinson (Dra. Kátia Ferreira)
Março de 1999

A Coordenação Motora e a Coordenação Motora para Bebês

(Mme. Marie-Madaleine Béziers e Mme. Yva Hunsinger)
Agosto de 1998

XIII Congresso Brasileiro de Fisioterapia
& VI Congresso Paulista de Fisioterapia
Outubro de 1997
Fisioterapia no Pré e Pós – Parto
Método Neuroproprioceptivo – Kabath

23o ENAF – Mundial de Atividade Física
Outubro de 1997
Hidro Especial
Piscina Terapêutica

2o Fisiovital: Universidade Católica de Petrópolis
Jornada Científica de Fisioterapia da Universidade Católica de Petrópolis
Novembro de 1996

3o Congresso Internacional de Educação Física Universidade Estácio de Sá
Recuperação Funcional das Lesões por Over Use
Recuperação Funcional do Joelho e Tornozelo
Setembro de 1996


Curso de Propedêutica Aplicada à Fisioterapia
(Dr. Cláudio Rodrigues Vasconcelos)
Outubro - Dezembro de 1995

Módulo Semiologia do Sistema Ósteo-Articular

1o Encontro Acadêmico de Fisioterapia

Universidade Estácio de Sá
Agosto de 1995


Curso de Propedêutica Aplicada à Fisioterapia

(Dr. Cláudio Rodrigues Vasconcelos)
Maio - Junho de 1995

Módulo Sistema Nervoso

Apresentação

Fisioterapia:
Reabilita quem sofreu trauma ou lesão por meio de mecanismos como: luz, calor, estimulação elétrica, exercícios terapêuticos, terapia manual, massagens, Shiatsu, Pilates, Isostreching, etc.

Exercícios Terapêuticos:
Intervem direto sobre o aumento da capacidade funcional. Há uma ampla variedade de exercícios (todos os que a nossa imaginação pode criar) que pretende melhorar a força, o arco de movimento (ADM), a capacidade cardio-vascular ou a flexibilidade. Pode-se trabalhar tanto com bola, theraband (elástico), rolo de espuma, canelera, prancha, etc, quanto sem nenhum material.
Indicação: Reeducação postural, diminuição de dor, ganho de ADM, alongamento, força, estabilização, disfunção, etc.

Mobilização Neural:
Trabalha liberando a raiz nervosa de aderência, compressão ou qualquer bloqueio neural, resultando na eliminação da dor localizada e/ou irradiada.
Indicação: Fibromialgia, LER / DORT (lesão por esforço repetido / distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho), algias de origem neural (lombalgia, ciatalgia, cervicobraquialgia).

Movimento Combinado: Algias da Coluna
Usa a flexão ou a extensão e a combinação com a inclinação lateral como tratamento na eliminação das algias da coluna. Tanto em casos agudos como crônicos.
Indicação: Cervicalgia, cervicobraquialgia, lombociatalgia, lombalgia

Técnicas Osteopáticas:
É vasta, pois envolve desde técnicas mais suaves de mobilização até técnicas mais vigorosas como o trust de alta velocidade, mais conhecido como estalar. Integra-se bem com outros métodos de Terapia Manual.
Indicação: Ganho de ADM e diminuição da dor

Maitland:
Trabalha com a mobilização articular utilizada em disfunções ortopédicas. O método permite o alívio da dor em questão de minutos e o ganho de ADM.
Indicação: Algias ortopédicas

Mulligan:
Trabalha reposicionando a articulação, restaurando assim a sua mobilidade normal e aliviando a dor.
Indicação: Para casos de rigidez articular e dor.

Shiatsu:
Terapia natural, de origem japonesa, extremamente importante na prevenção e no tratamento de doenças e lesões. Consiste na estimulação de pontos chave de acupuntura ao longo dos meridianos, ou canais de energia do corpo. Usa a compressão dos dedos sobre os nódulos para obter relaxamento profundo e aliviar as dores musculares. Harmoniza corpo e mente. É um complemento essencial para o bem-estar e reequilíbrio energético do corpo como um todo.
Indicação: Dores musculares, ditúrbios da coluna, artrite, cólicas, prisão de ventre, enxaquecas e outros males causados pelo estresse. Outro importante aspecto é a perda de peso, decorrente da diminuição da sensação de fome e dos níveis de ansiedade, e do aumento da drenagem de líquidos e gorduras.

Aromaterapia:
Massagem relaxante com óleos aromáticos que visam o equilíbrio físico, emocional e energético.
Indicação: Para quem busca relaxamento, energização e desintoxicação.

Massagem Relaxante:
Ajuda a eliminar tensões e dores musculares. Diminui os níveis de estresse, batimentos cardíacos e respiração. Aumenta a produtividade, melhora a digestão, o fluxo sangüíneo e o processo metabolíco. Relaxa e descontrai todo o corpo incluindo rosto, couro cabeludo, braços, mãos, pernas e pés. Pode ser associada a outras técnicas de massagem.
Indicação: Dor muscular, fadigas físicas.


Isostretching:
É uma ginástica postural, global, ereta.
Postural, porque os exercícios são executados dentro de uma posição vertebral correta.
Gobal , porque a cada exercício o corpo todo trabalha. Todos os músculos da coluna trabalham. Principalmente, a musculatura profunda, que são os maiores responsáveis pela manutenção postural e pelo bom funcionamento da coluna vertebral.
Ereta, porque solicita o autoengrandecimento. Por este motivo é necessário grande conscientização postural e controle muscular durante a realização das posturas propostas.
O Isostretching abranda e fortifica o corpo através de exercícios associados à respiração (longa expiração forçada).
Indicação: Reabilitação de lesões e realinhamento postural.


Pilates Clínico: Matwork
É um programa de exercício global que coordena mente e corpo.
Trabalha o realinhamento postural, o ganho de força e o alongamento muscular, além de flexibilidade articular.
Como resultado, os exercícios de Pilates não vão deixa-lo nem cansado nem dolorido. Mas tenha certeza que ele trará condicionamento e força para cada parte do seu corpo.
É suficientemente intensivo para atletas de alto nível e, extremamente suave para aliviar dores crônicas.
Quanto mais entendemos e aplicamos o método, mas se nota e se impressiona com a qualidade do resultado.
Alguns princípios chaves são cruciais para a efecácia do autêntico trabalho de Pilates:
Concentração;
Controle;
Centro de força do Corpo (Powerhouse);
Fluidez;
Precisão;
Respiração;
Imaginação;
Intuição; e
Integração
Indicação: Reabilitação de lesões articulares, realinhamento postural, controle corporal, etc.